Operação bloqueia R$ 200 milhões de empresas 'fantasmas' e concessionárias no PI e mais três estados
Segundo o Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), 14 empresas foram bloqueadas. A polícia busca prender 28 pessoas no Piauí, Amazonas, ...
Segundo o Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), 14 empresas foram bloqueadas. A polícia busca prender 28 pessoas no Piauí, Amazonas, Maranhão e São Paulo. Polícia bloqueia R$ 200 mi em operação contra tráfico e lavagem de dinheiro Um núcleo da facção criminosa Família do Norte (FDN) investigado pelos crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro foi alvo da Operação Denarc 60, do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), deflagrada na manhã desta sexta-feira (25) no Piauí, Amazonas, Maranhão e São Paulo. Até o momento, 17 pessoas foram presas, mas o líder do núcleo está foragido. ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp Ao todo, 14 empresas foram bloqueadas pela Justiça - entre elas, nove consideradas "fantasmas" e três concessionárias de carros. A polícia também apreendeu 47 veículos e oito imóveis, incluindo dois sítios, e os valores sequestrados chegam a R$ 200 milhões. Segundo o delegado Samuel Silveira, coordenador do Denarc, o núcleo da FDN se associou a outra facção atuante no Piauí, o Bonde dos 40, para vender as drogas. Os entorpecentes vêm da Bolívia, por via terrestre, e entram na região Nordeste pelo Maranhão antes de chegarem ao estado piauiense. "A rota do entorpecente foi diagnosticada a partir de outro país, entrando pelo Amazonas, passando pelo Maranhão e chegando ao Piauí, alimentando as bocas de fumo de Teresina com a principal droga que a quadrilha movimenta: o skunk, que tem número de apreensões cada vez maior e ficado cada vez mais cara", explicou o delegado. Compartilhe esta notícia no WhatsApp Compartilhe esta notícia no Telegram Material apreendido pelo Denarc durante operação contra facção criminosa no PI Eric Souza/g1 Ao longo da investigação, a Polícia Civil apreendeu 200 kg de drogas. A mais presente é o skunk, também conhecida como "supermaconha", que era trazida em pneus de caminhões fretados ou comprados pela facção criminosa. O líder do núcleo da FDN, Leandro Santos Chaves, está foragido. Ele contava com o apoio de diversos integrantes da organização, divididos em diferentes cargos e funções. Conforme o Denarc, o núcleo se organizava da seguinte forma: Lavagem de dinheiro: por meio da compra e venda de carros nas concessionárias; Tráfico no atacado: compra de drogas para venda imediata; Tráfico no varejo: compra de drogas para revenda a outros traficantes; Ocultação, logística e transporte: carregamento das drogas por meio da rota entre a Bolívia e o Piauí. "Não basta apenas prender os indivíduos que cometem o crime, mas também fazer a asfixia financeira, combater a lavagem de dinheiro para apreender os bens, imóveis, valores e descapitalizar o tráfico de entorpecentes", apontou o delegado Jarbas Lima, do Denarc. Organograma do núcleo da facção criminosa investigada pela Polícia Civil Divulgação/Denarc Prisões embasaram investigação A investigação começou no ano passado e se intensificou com a prisão em flagrante de um homem identificado como Antônio Victor, em setembro de 2023, em posse de skunk. A prisão dele levou à apreensão de 300 kg da droga e também de cocaína, escondidos nos pneus de um caminhão, em Santa Inês (MA), em janeiro deste ano. Mais recentemente, em junho de 2024, duas mulheres foram presas com drogas na região do Grande Dirceu, Zona Sudeste de Teresina. Essas prisões também embasaram a investigação da polícia. Carros apreendidos durante operação contra facção criminosa no Piauí Divulgação/Denarc Operação bloqueia R$ 200 milhões de empresas 'fantasmas' no PI e mais três estados Divulgação/SSP-PI 📲 Confira as últimas notícias do g1 Piauí 📲 Acompanhe o g1 Piauí no Facebook, no Instagram e no X VÍDEOS: assista aos vídeos mais vistos da Rede Clube