Mais de 200 celulares roubados ou furtados são entregues à polícia após 'mutirão de devolução' no MA
Programa "Meu Celular de Volta" intimou mais de 2 mil pessoas a devolver os aparelhos celulares que foram roubados ou furtados. O prazo para a entrega dos celul...
Programa "Meu Celular de Volta" intimou mais de 2 mil pessoas a devolver os aparelhos celulares que foram roubados ou furtados. O prazo para a entrega dos celulares acabou nesta terça-feira (22). Mais de 200 celulares roubados ou furtados são devolvidos à polícia após 'mutirão de devolução' na Grande Ilha Reprodução/TV Mirante A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) recuperou, nesta terça-feira (22), mais de 200 aparelhos celulares que haviam sido rastreados por roubo ou furto nos quatro municípios da Grande Ilha de São Luís e foram devolvidos após intimação judicial. A ação integra o programa "Meu Celular de Volta", lançado no mês de setembro, com o objetivo de recuperar os aparelhos. Clique e se inscreva no canal do g1 Maranhão no WhatsApp Do final de agosto até novembro, a Polícia Civil intimou cerca de 2 mil pessoas para que elas devolvessem celulares que haviam sido roubados ou furtados. Alguns aparelhos chegaram a ser entregues em um mutirão feito no no Ginásio Geogiana Pflueger (Castelinho), no início de outubro. Para chegar até os aparelhos roubados, um levantamento foi feito de todas as ocorrências feitas em delegacias por vítimas de roubo e furto de celular, que registraram Boletim de Ocorrência e informaram o número do IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel). Após rastrear os aparelhos, por decisão judicial, as operadoras de celular informaram à polícia os novos donos e eles foram intimados. O prazo para entrega dos aparelhos encerrava nesta terça-feira. Celulares foram devolvidos após notificação judicial Reprodução/TV Mirante Mais de 80 policiais civis e delegados fizeram uma força-tarefa para recuperar os celulares. Após entregarem os aparelhos, as pessoas saíram da delegacia com um registro de devolução voluntária. De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-MA), mais de 21 mil pessoas foram vítimas de furto e roubos de celulares no Maranhão. A partir de agora, o trabalho da Polícia Civil será focado em identificar os pontos de vendas dos aparelhos celulares. "A gente descobre quem está utilizando o aparelho e a partir daí, a gente pega aquela qualificação dentro do nosso banco de dados e já faz a relação para fazer as intimações", explicou o delegado Luigi Coordenador do Programa "Meu Celular de Volta". A ação integra o programa "Meu Celular de Volta", lançado no mês de setembro, com o objetivo de recuperar os aparelhos. Reprodução/TV Mirante Um mecânico que não quis se identificar comprou o celular de um desconhecido, na porta da oficina que trabalha. Seis meses após a compra, ele foi intimado e teve que devolver o aparelho. "Jamais passou pela minha cabeça, eu acreditei no que ele falou, entendeu? Até porque confusão, a gente tem que se evitar de confusão, entendeu? Mas aconteceu e a gente tá aqui para resolver essa situação", disse o mecânico. Celulares com registro de roubo são devolvidos à polícia no MA Uma outra mulher que foi intimada a devolver o celular que estava explicou que havia comprado o celular de uma sobrinha. Ela afirma que já foi por quatro vezes vítima de roubo ou furto de celulares. "Eu comprei o aparelho da minha sobrinha e ela disse que era do marido dela o aparelho. E aí, chegou a intimação sábado para o meu esposo e a gente ficou apreensivo, o que será e o que será. Quando chega aqui, não tem nada a ver com aquilo que a gente especulou e acabou sendo uma coisa que estava fora do pensamento", disse a mulher que não foi identificada. O que acontece com quem não devolver? Segundo a Polícia Civil, a pessoa que não atender a intimação e não der qualquer justificativa poderá ser enquadrada no crime de desobediência (art. 330 do Código Penal), que prevê detenção de quinze dias a seis meses, e multa. Se a pessoa não puder comparecer até a terça-feira (22), ela pode se antecipar e se dirigir a qualquer uma das delegacias da Grande Ilha para se apresentar e devolver o aparelho. As Seccionais Leste e Oeste são as principais referências. Aparelhos apreendidos pela Polícia Civil em operação contra roubo de celulares em São Luís Divulgação/Polícia Civil Além disso, a pessoa que não devolver pode estar sujeita a ter o aparelho apreendido. No dia 10 de outubro, uma operação da Polícia Civil cumpriu 15 mandados de busca e apreensão contra estabelecimentos e pontos de revenda de celulares furtados ou roubados. A operação foi realizada em bairros como Belira, Liberdade, Vila Conceição/Altos do Calhau, São Cristóvão, Jardim América, Cidade Operária, São Raimundo, Vila Cafeteira, entre outros. Os alvos incluíram locais operados não apenas por pessoas jurídicas, mas também por pessoas físicas. Endereços apontados durante as investigações como pontos de desbloqueio de celulares irregulares também foram averiguados. Orientações Em caso de perda ou furto, a Polícia Civil orienta o cidadão a registrar a ocorrência no site da Delegacia Online. Já em caso de roubo, sendo este crime mais grave, a vítima deve se dirigir à delegacia. Nesse caso, é importante sempre informar o número do IMEI (que pode ser encontrado na caixa do aparelho ou na nota fiscal de compra) para que a polícia possa fazer o rastreio. O número de IMEI, para aqueles que não possuem a caixa do aparelho ou a nota fiscal, também pode ser acessado ao digitar *#06# no celular e apertar a tecla para ligar. Celulares que utilizam mais de um SIM Card possuem um IMEI para cada chip, sendo necessário verificar cada um dos IMEIs. Os cidadãos devem adquirir celulares de fontes confiáveis e denunciar qualquer tentativa de venda de dispositivos sem origem comprovada. Ao realizar transações online, é importante salvar as mensagens trocadas, o perfil do vendedor e outras informações relevantes. Sempre é recomendado exigir a nota fiscal ou qualquer outro documento que comprove a origem do produto. Desconfiar de aparelhos vendidos por preços muito abaixo do valor de mercado é fundamental, pois pode ser um indicativo de ilegalidade.